Ivo Pitz
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É proibido - É necessário - É bom - É preciso, etc.
Nestas expressões, se o sujeito não vier precedido do artigo, tanto o verbo, como o adjetivo permanecem invariáveis. Exemplos: É proibido entrada de pessoas estranhas. Cautela é necessário. Guaraná é bom para a saúde.
Se o sujeito dessas expressões estiver determinado pelo artigo, por pronome ou adjetivo, tanto o adjetivo como o verbo concordam com ele(o sujeito). Exemplos: As bebidas alcoólicas são proibidas para menores. Alguns cuidados são necessários. A água é necessária para a saúde.
Demais e de mais
Demais, quando for advérbio, modifica ou intensifica o verbo, o adjetivo ou outros advérbios. Tem o sentido de "muito". Exemplos: Há pessoas que acordam cedo demais. Muitas pessoas são pobres demais.
Demais, também é pronome indefinido, significando "os outros", "os restantes". Exemplos: José ficou sozinho no Egito. Os demais voltaram para casa. Poucas pessoas têm vida digna. Poucos têm muito. Os demais têm quase nada.
De mais é o contrário de de menos. Refere-se sempre a um pronome ou a um substantivo. Exemplos: Havia neve de mais. Preciso de mais dinheiro para terminar o investimento.
Senão e Se não
Senão é o equivalente a "a não ser" ou a "caso contrário". Exemplos: É bom que comecemos já, senão não teremos tempo para tudo. Muitas pessoas nada fazem, senão criticar.
Se não equivale a "caso não". Exemplos: Se não houver uma punição severa aos responsáveis pelo crime organizado, a situação se deteriorará ainda mais. Se não obtivermos aprovação do projeto, deveremos reformá-lo.
Haver
O verbo haver tem algumas particularidades.
1 - Quando for sinônimo do verbo existir, o verbo haver não tem plural. Exemplos: Houve(existiram) muitos alunos ausentes nas últimas aulas. Havia(existiam) ainda muitos dias pela frente. Haverá(existirão) muitos votos em branco.
2 - Quando indicar tempo já transcorrido, o verbo haver não tem plural. Exemplos: duas horas eu espero por você. Ele tinha chegado à cidade havia poucos dias. Note que, neste caso, o verbo haver pode ser substituído por fazer(que também fica no singular).
Chegado ou Chego
Existem muitos verbos chamados de abundantes, isto é, têm mais de uma forma em alguns tempos ou pessoas. As formas abundantes mais comuns são as do particípio. Um é regular, outro, irregular. Exemplos: eleger, elegido, eleito. Tingir, tingido, tinto. Matar, matado, morto. Morrer, morrido, morto. IMPORTANTE: Chegar não está incluído entre os abundantes. Usar, portanto, a forma chego, como sendo particípio, é incorreta. Exemplos: Fazia uma hora que eu tinha chego, quando apagou a luz = ERRADO. Fazia uma hora que eu tinha chegado, quando apagou a luz = CERTO.
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Meio-dia e Meia, ou Meio-dia e Meio?
É comum ouvirem-se pessoas dizendo "meio-dia e meio", querendo referir-se a "doze horas e trinta minutos". É uma expressão incorreta, visto que a palavra meio, indicando "metade", deve concordar com a palavra à qual se refere. Neste caso, a palavra (meia) refere-se, não a "meio-dia", mas à palavra "hora", ou seja, meio-dia e meia hora. O correto, portanto, é dizer-se "Meio-dia e meia". Veja também Meio e Meia
Faz ou Fazem?
O verbo fazer concorda sempre com o sujeito a que se refere. O aluno faz as tarefas. Os cidadãos conscientes fazem cumprir as leis. Importante: quando  o verbo fazer indicar tempo, não poderá ser usado no plural. Exemplos: Faz dois meses que você chegou à cidade. Fazia cinco anos que não se viam. Dia 20 fará dez anos que este fato aconteceu.
Abaixo-assinado ou Abaixo assinado? 
As duas formas estão corretas. A primeira, abaixo-assinado, refere-se ao documento. O abaixo-assinado foi entregue às autoridades. A segunda, abaixo assinado, refere-se à pessoa que assina um documento. Fulano de Tal, abaixo assinado(que assina em baixo), requer uma melhor distribuição de renda.
Dia-a-dia ou dia a dia?
As duas formas estão corretas. Dia-a-dia é substantivo. O dia-a-dia é mais difícil para as pessoas pobres. Dia a dia é advérbio de tempo. Dia a dia devemos encarar a vida com otimismo.
À-toa ou à toa?
As duas formas estão corretas. À-toa é adjetivo. Você acha que a preguiça é um animal à-toa? À toa é um advérbio de modo. Vive à toa por aí.
Da ou De a
Da é resultante da contração da preposição de com o artigo a. Em certos casos a combinação dos dois elementos não pode ser usada. Sempre que a preposição reger o infinitivo do verbo, os dois elementos devem vir separados. Veja: O fato de o aluno ler muito é ótimo. Note que a preposição de rege o infinitivo do verbo ler. Não é o fato do aluno, mas o fato de ler. Outros exemplos: "Invoca o tempo de os pagar co'as sombras". (aqui o os é pronome oblíquo átono). Apesar de os brasileiros trabalharem muito, são pobres. No caso de os alunos trabalharem, isso deve ser levado em consideração. No caso de a aluna chegar atrasada, deve ser encaminhada ao Serviço de Orientação. Observe que, sempre que aparece um caso desses, o verbo está no infinitivo..

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