NOVAS REVELAÇÕES SOBRE O SANTO SUDÁRIO |
Especialistas espanhóis acabam de revelar novos dados sobre o Santo Sudário, apontando "semelhanças espantosas" entre o sudário de Turim, na Itália, e o sudário que é venerado em Oviedo, na Espanha. As marcas das feridas na nuca e o grupo sanguíneo presente nas duas relíquias são exatamente os mesmos. Apesar de ninguém, até hoje, saber se o Sudário de Turim envolveu ou não o corpo de Jesus, esta relíquia tem merecido grande veneração dos cristãos, ao longo dos séculos. Em Oviedo, por outro lado, está presente um pano que se acredita ter coberto o rosto de Jesus, desde a sua descida da cruz até ao sepulcro. Em declarações à agência Avan, o presidente do Centro Espanhol de Sindonologia, Jorge Manuel Rodríguez, revela que as possibilidades destes dois panos terem envolvido o mesmo rosto são quase de 100%. Rodríguez assegurou que o primeiro estudo comparativo entre a relíquia de Turim e a de Oviedo será efetuado com o intuito de mostrar que "ambas envolveram a mesma pessoa". Entre os argumentos apresentados pelo especialista, há dados de relevo: as feridas na nunca, no nariz e nas maçãs do rosto são iguais. Uma das revelações mais surpreendentes surge das investigações da Universidade Complutense de Madrid. Segundo Jorge Manuel Rodríguez, a zona do nariz e da boca "apresenta marcas ligeiras e iguais de fluidos vitais, que saem do corpo após a morte por edema pulmonar" - consistentes com o que o organismo produziria numa asfixia por crucifixão. "As marcas provocadas pela coroa de espinhos que rodeou a cabeça da pessoa coberta pelos panos encaixam-se na perfeição", acrescenta. O Sudário de Oviedo, menos conhecido, estaria nessa cidade espanhola desde, pelo menos, o século VIII. Uma antiga tradição refere que a relíquia teria sido guardada pelos primeiros cristãos numa arca e, após a invasão de Jerusalém, percorrido um longo caminho até Espanha através de África. Os últimos estudos sobre o Santo Sudário de Turim deixaram perceber que o pano é muito mais antigo do que foi sugerido por testes com carbono-14, realizados em 1988. Uma pesquisa publicada na revista especializada "Termochimica Acta" afirma que sudário tem entre 1.300 a 3.000 anos, considerando "inválidos" os testes anteriormente referidos por causa do fenômeno denominado "intromissão de material". O Santo Sudário, uma das relíquias mais famosas do Cristianismo, é o pano de linho puro, que alguns afirmam ter sido utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Há notícia dele desde 1353, quando um pano que supostamente serviu de mortalha para Cristo apareceu em Lirey (França), levado pelas expedições que estiveram na Terra Santa. Um século depois, chegou às mãos dos duques de Savóia, que o guardaram em Chambéry. Em 1532, foi danificado num incêndio e, em 1694, foi transferido para a capela do Duomo (Catedral) de Turim. Os testes para provar se realmente envolveu o corpo de Cristo começaram em 1898, depois de um fotógrafo de Turim ter feito uma foto do manto e, na revelação, descoberto que os negativos mostravam o corpo e o rosto de um homem crucificado. Em 1989, o Sudário foi submetido ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido. Os resultados dos testes datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390. Vários especialistas criticaram os testes, considerando que foi mal feito: os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião, para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o manto foi suspenso nas inúmeras ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos séculos. Em Abril de 1997, um incêndio destruiu a capela Guarini, onde o Santo Sudário é guardado, mas a relíquia foi resgatada sem sofrer danos. Meses mais tarde, foi estendida e não enrolada como até então, numa caixa à prova de fogo. A impressão no lençol de Turim deu-se por uma radiação luminosa-térmica: há vestígios de uma anormal produção de energia, que se pode comparar a uma explosão atômica, controlada e em relevo, segundo a profundidade da queimadura. A NASA confirmou que a impressão está de acordo ponto por ponto, com a distância do corpo que "explodiu atomicamente": a impressão, tridimensional (caso único de entre todos os objetos analisados pela NASA até hoje) do Sudário deu-se por radiação de um milionésimo de segundo. A impressão é uniforme e dependendo da distância, maior ou menor, do corpo. Não há contacto nem marcas de decomposição. Publicado em www.asj.org.br em 28.03.06 |