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- Bastante ou Bastantes?
- As duas formas existem. "Bastante", que é advérbio (invariável), e "bastante" que é adjetivo (variável). Se a palavra puder ser trocada por "muitos" ou "muitas", vai para o plural (bastantes). Se puder ser trocada apenas por "muito", fica no singular (bastante). Exemplos: Hoje estou bastante (muito) satisfeito com seu trabalho. Os alunos são bastante (muito) aplicados. Neste bimestre você conseguiu bastantes (muitas) notas boas. Meu candidato conseguiu bastantes (muitos) votos.
- Este, Esse ou Aquele.
- Este é um pronome demonstrativo que se refere a um ser que está próximo do falante. Este livro que estou folheando é muito bom. Este computador com que estou trabalhando é extremamente rápido. Este, na verdade, sempre se refere a seres, datas ou tempo próximos. Nesta semana estou trabalhando com crianças menores.(Refere-se à semana em que estamos).Neste século aconteceram coisas fantásticas.(Refere-se ao século em que estamos).
- Esse é também um pronome demonstrativo que, normalmente, se refere a um ser que está próximo da pessoa com quem se fala, ou se refere a um fato próximo de hoje. Essa caneta com que você escreve é boa. 2006 foi um ano muito bom; nesse ano consegui guardar um dinheiro.
- Aquele se refere a um objeto ou fato distantes. Aquele pessoal lá do fundo está conversando muito. Em 1964 aconteceu no Brasil um golpe. Naquele ano os militares tomaram o poder.
- Quando, ao escrevermos ou falarmos, referimos o nome de dois ou mais seres, os pronomes usados para, em seguida, nos referirmos a eles, são este e aquele. Gula e Temperança são antônimos. Esta (temperança) é virtude; aquela (gula), é vício. Pedro e João viajaram. Este (João) foi ao Japão; aquele (Pedro), à Alemanha. Note que este se refere ao que foi dito por último. Aquele se refere ao que foi dito por primeiro.
- Mal e Mau
- A palavra mal é substantivo ou advérbio. Seu contrário é bem, que também é substantivo ou advérbio.
- A palavra mau é adjetivo. Seu contrário é bom, que também é adjetivo. Para se saber o uso correto, é só procurar o contrário. Exemplos: Você fez um mau (bom) negócio. A inveja é um mal (bem) muito grande. Meu amigo agiu mal (bem).
- Meio e Meia
- Meio é um numeral, que significa metade; seu feminino é meia. Meio é também um advérbio, que significa mais ou menos, um pouco. Estou meio(= mais ou menos)cansada - disse Maria. Comprei meia(metade de) melancia. Note que a palavra meio, quando advérbio, não tem feminino, nem plural. Se o significado é "metade de", tanto meio, como meia têm plural.
- Menos ou Menas?
- Jamais use a palavra menas, pois ela não existe em nossa língua. Tenho menos chances que você. Minha cidade tem menos gente que a sua.
- "Onde", como pronome relativo.
- Um dos erros mais comuns, tanto quando se fala como quando se escreve, é o uso do pronome relativo "onde", não se referindo a lugar. Meu time jogou ontem, onde marcou dois gols. Observe que o "onde" se refere à palavra "ontem" que significa tempo. O correto, portanto, é dizer: Meu time jogou ontem, quando fez dois gols. Mesmo na seguinte oração: Meu time foi muito bem no jogo de ontem, onde fez dois gols. Aqui o "onde" se refere à palavra jogo, que também não indica lugar. O correto é dizer: Meu time foi bem no jogo de ontem, em que fez dois gols.
- Onde ou Aonde
- Aonde sempre indica idéia de movimento. É o oposto de de onde ou donde. Refere-se, portanto, apenas a verbos que indicam movimento. Exemplos: Aonde você vai? Donde você vem? Aonde o governo quer chegar, ao não investir em educação? Onde refere-se a lugares. Está junto a verbos que indicam permanência. Exemplos: Onde nós estamos agora? Não sei onde procurar material para este trabalho. Especifique bem os lugares onde você ficará nas férias.
- "Porquês"
- Porque é usado quando indica uma causa, motivo. Na linguagem coloquial(do dia-a-dia), há pessoas que, em vez de dizerem "porque", dizem "por causa que". É exatamente ali que reside a explicação do uso dele. Usa-se "porque", sempre que no meio dele puder ser incluída a palavra causa. Exemplos: Gosto de você, porque(por causa que) você é legal. Leio muito, porque(por causa que) o livro abre as portas do mundo.
- Porquê é usado sempre que ele for sinônimo de causa, motivo, razão. Pode ir para o plural. Pode ter algum qualificativo(algum porquê, muitos porquês). Exemplos: Você não falou o porquê(motivo, causa, razão) de sua recusa. Há muitos porquês(causas) para os quais não encontramos explicações.
- Por que usa-se quando for uma pergunta direta ou indireta. Na prática, sempre pode ser seguido da palavra motivo, causa, razão, ou pode ser substituído por pelo qual, pela qual, pelos quais ou pelas quais. Exemplos: Por que você não estudou as lições(por que motivo)? Não posso dizer-lhe por que recusei o convite(por que motivo). Os caminhos por que ando são íngremes(pelos quais).
- Por quê Pelos mesmos motivos do anterior, apenas que ele deve estar em final de frase. Lembre-se: deve ser pergunta direta ou indireta. Exemplos: Você não veio por quê?(Você não veio por que motivo). O Brasil é um país em desenvolvimento. Diga-me por quê.(Diga-me por que motivo).
- Ao invés de e Em vez de - Invés é uma variante de inverso; por isso, a locução ao invés de só é empregada quando significar oposição, "ao contrário de". Em vez de é usado quando o significado é de troca ou de substituição. Exemplos: Ao invés de fazer a empresa prosperar, ele a fez falir. Em vez de ir de ônibus, ele foi a pé ao centro da cidade.
- Eu ou Mim - Grande dificuldade parece ser o emprego do pronome pessoal reto "eu" e o pronome pessoal oblíquo "mim". Importante lembrar que o pronome "eu" só é empregado como sujeito. Se a oração tem um verbo cujo sujeito seja o pronome relativo ao falante(1ª. pessoa), certamente será o pronome "eu". Exemplos: Você pediu para eu trazer os livros hoje. Para eu entrar neste negócio, só se eu tivesse mais dinheiro. Ela entregou o presente para mim. Entre mim e você existe muita semelhança. Sempre houve muita integração entre mim e o professor. NOTE: quando a relação for entre um outra pessoa e a primeira(eu), jamais use o pronome "eu". Sempre será "mim". Outro exemplo, em que a vírgula modifica o sentido: Para mim, fazer este exercício, é muito fácil. Ou seja: Fazer este exercício é muito fácil para mim.
- Consigo(pronome reflexivo) - O pronome consigo, ao contrário de outros pronomes oblíquos, só é usado quando for reflexivo. Ela vai comigo(aqui estão a 3ª. pessoa(ela) e a primeira(comigo). Eu vou contigo(aqui estão a 1ª. pessoa(eu) e a segunda (contigo). Com o pronome consigo, isso não acontece: não pode haver, na frase, duas pessoas diferentes. Deve ser apenas a 3ª. pessoa, portanto, ele deve ser reflexivo. Exemplos: Maria trouxe consigo todos os livros solicitados. O Presidente foi à França e consigo levou duzentos acompanhantes. ERRADO: Venha cá, preciso falar consigo.É errado, porque são duas pessoas diferentes(você e eu). CERTO: Venha cá, preciso falar com você.
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